segunda-feira, 16 de maio de 2011

Narradores de Javé




Sobre o filme Narradores de Javé


Debatedores:



  • Profa. Dra. Jane Teresinha Domingues Cotrin (docente do Instituto de Educação, Departamento de Psicologia)

  • Profa. Dra. Célia Maria Domingues da Rocha Reis (docente do Instituto de Linguagens, Departamento de Letras, Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem (MeEL)


O filme Narradores de Javé (100m) foi lançado em 2003 no Brasil, sob a direção de Eliane Café, roteiro de Luiz Alberto de Abreu e Eliane Caffé, e produzido pelo estúdio Bananeira Filmes em parceria com a Gullane Filmes e Laterit Productions. Tem entre seus atores José Dumont, Gero Camilo, Nelson Dantas, Nelson Xavier e Luci Pereira. Foi rodado numa pequena cidade do interior da Bahia chamada Gameleiras da Lapa, entre junho e setembro de 2001. Recebeu prêmios como o Grande Prêmio Cinema Brasil, nas categorias Melhor Ator Coadjuvante (Gero Camilo) e Melhor Roteiro Original; prêmio da Crítica no Festival Internacional de Friburgo, realizado na Suíça; Prêmio Gilberto Freyre no Cine PE - Festival do Audiovisual 2003; ganhou sete Troféus Calunga nas categorias Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Edição, Melhor Ator (José Dumont), Melhor Ator Coadjuvante (Gero Camilo), Melhor Edição de Som e Melhor Atriz Coadjuvante (Luci Pereira), além de nove indicações para premiação.


O filme conta o drama do povoado do Vale de Javé, situado no sertão baiano, que está prestes a ser inundado para a construção de uma usina hidrelétrica. Para que isso não aconteça, a comunidade tem que provar, cientificamente, que a cidade tem importantes acontecimentos. Os moradores decidem, então, elaborar um documento oficial que contenha os grandes acontecimentos de sua história, o que justificaria sua preservação. Porém, a única pessoa que poderia fazer isso, conforme concluiram os moradores, em razão de saber ler, escrever e contar histórias era o carteiro, Antônio Biá (José Dumont). Ele não era bem visto na cidade por ter inventado situações, costumes etc de seus moradores, em cartas que escrevia e enviava para manter o correio em atividade. Assim, o ex-carteiro, para se redimir perante a população, é convocado a escrever as histórias que serão narradas pelos próprios moradores de Javé.


Trata-se de um filme simples e contemporâneo em sua produção, que reflete com bom humor o próprio processo de criação artística: inspiração, registro, tempo/espaço, ponto de vista, metáfora-realidade-imaginário, entre outros elementos, todos permeados com um lirismo simples e fecundo. Nesse contexto, ressalta-se a questão da memória oral, substância da vida cotidiana: hábitos, crenças, moralidade. No filme, é a cultura contada pelos personagens para compor uma história que seja convincente o suficiente para que possa ser mantida. E até onde é possível ter que contar histórias para garantir a existência de uma comunidade? A partir daqui colocam-se questões fronteiriças como poder político-econômico, subcondições de vida, desinformação, realidade e arte.

Próxima Sessão: Narradores de Javé



Apresentaremos no dia 31/05, não percam!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Programação do primeiro semestre de 2011!!!!

Aproveitem!